África do Sul: Dupla brasileira participa de "Corrida Maluca"
Picape de Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin na África do Sul
(Foto: Toyota/Divulgação)
Gustavo Gugelmin (E) e Reinaldo Varela (D) prontos para a Corrida Maluca
(Foto: Marian Chytka/Divulgação)
O paulista Reinaldo Varela e o catarinense Gustavo Gugelmin vão correr pela equipe oficial da Toyota na prova mais difícil e famosa da África do Sul
26.06.2014
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A dupla brasileira campeã mundial de Rally Cross Country Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin (Divino Fogão / Blindarte / Temp Clean / Tecmin / Ibis / Itamotors) foi convidada a participar neste final de semana (27 a 29/6) do Desert Race Toyota Kalahari Botswana 1000, mais famoso rally da África do Sul, compondo a equipe oficial da Toyota que representa a marca japonesa do Rally DaKar.
"Estamos muito orgulhosos pelo convite que recebemos e vamos ter uma experiência única, participando de uma prova totalmente diferente, que movimenta todo o país, e parece uma corrida maluca", afirma o piloto Reinaldo Varela.
É uma corrida totalmente diferente dos padrões utilizados nas competições de rally cross country, com um prólogo de 100 km e ordem de largada diária de acordo com a posição de chegada no dia anterior, e mantendo a diferença de tempo entre os concorrentes. Largando um ao lado do outro igual a "Corrida Maluca" do famoso desenho animado produzido pela Hanna-Barbera no final dos anos 60, em que o importante é cruzar a linha de chegada em primeiro lugar após os três dias de corrida e os 1.000 km a serem percorridos.
"A Desert Race Toyota Kalahari Botswana 1000 é o principal evento no calendário sul-africano de automobilismo e acontece em torno da área de Jwaneng (a 170 km ao noroeste de Gaborone, capital de Botsuana). Vão participar 65 duplas e várias representando equipes de fábricas, como nós", explica o bicampeão mundial de rally cross country em 2001 e 2012.
A corrida disputada desde 1975 começa com o prólogo na sexta-feira (27), com cerca de 100 km de extensão, para determinar a ordem de largada para o evento principal. A corrida em si é disputada em dois dias, cada um com duas voltas de cerca de 245 km por dia, e termina no domingo.
"A área em torno de Jwaneng é muito seca e arenosa, e passará por estradas de terra abertas com muitos tocos de árvores. As rotas deste ano têm 90 por cento do caminho completamente novo, com duas passagens por montanha rochosa, mato alto, leitos de areia de rio e uma espetacular travessia de rio. Como dizem os sul-africanos, esta é uma corrida que sempre testa o homem e a máquina ao limite e este ano não será exceção", disse Gustavo Gugelmin.
"A navegação aqui também será diferente. Não tem way point para passar e você não pode desviar mais de 25 metros da trilha, senão leva penalização. No final do dia eles conferem a sua quilometragem e se tiver fora do limite imposto é punido", completa o navegador catarinense.
O paulista Reinaldo Varela e o catarinense Gustavo Gugelmin foram convidados pelo sul-africano Glyn Hall, diretor da equipe oficial da Toyota para assumir a terceira picape Hilux, que além de liderar o Campeonato Sul-africano de Cross Country, está se preparando para participar novamente do Rally Dakar. A Desert Race Toyota Kalahari Botswana 1000 mais uma vez faz parte do Desafio Dakar. Os vencedores da prova vão ganhar inscrição gratuita para o Rally Dakar na América do Sul, em 2015.
Reinaldo Varela vence penúltima etapa do campeonato, enquanto o seu primogênito Rodrigo Varela garante o título de campeão por antecipação. Com o segundo lugar, Bruno Varela mantém a vice-liderança